ABSTRACT
ABSTRACT Background: Persistent hepatitis B virus (HBV) infection can lead to hepatocellular carcinoma (HCC) alone, that is, without the development of previous cirrhosis, which makes it of paramount importance to predict the risk patients with chronic hepatitis B have for developing HCC in the future. Thus, the mPAGE-B score was developed in order to predict very low risks of HCC, becoming an important score, since with low risk, patient surveillance can be spread out. Objective: The main objective of this study was to predict the risk of HCC according to the mPAGE-B score for patients with chronic hepatitis B, using antiviral therapy. Methods: A cross-sectional, descriptive, quantitative, and retrospective study was conducted. Patients with chronic hepatitis B from the Hepatology Outpatient Clinic of the Federal University of the Fronteira Sul/HCPF in Passo Fundo, Rio Grande do Sul, covering a period of 12 years, were analyzed. Results: Of the 67 patients submitted to data collection, the mean age at diagnosis was 51.4 (±12.1) years, with a predominance of males (76.1%-n.51). All patients were HBeAg negative at diagnosis and 11 (16.4%) had cirrhosis. Regarding the antiviral regimen, 70.1% used tenofovir disoproxil fumarate (TDF) and 29.9% entecavir (ETV). According to m-PAGE-B stratification, 18 (25%) patients were classified as low-risk, 30 (41.7%) as intermediate-risk, and 19 (26.4%) as high-risk of developing HCC. The probability of developing HCC of these 67 patients in 3 years was 0.4% for low, 2.8% for moderate, and 9% for high risk. In 5 years, the probability was 0.5% for low, 4.4% for moderate, and 14% for high risk. Conclusion: This study demonstrates that the mPAGE-B score can be applied to decrease the number of consultations of patients with chronic hepatitis B in specialized outpatient clinics and, based on this population, patients aged ≤40 years may have one consultation per year instead of semi-annual.
RESUMO Contexto: A infecção persistente do vírus da hepatite B (HBV) pode levar ao carcinoma hepatocelular (CHC) de forma independente, ou seja, sem o desenvolvimento de cirrose anteriormente, o que torna de suma importância predizer o risco que os pacientes com hepatite B crônica têm para desenvolver CHC no futuro. Assim, o escore mPAGE-B surgiu com o intuito de prever riscos baixos de CHC, tornando-se um escore de extrema relevância, uma vez que diante de risco baixo, pode-se espaçar a vigilância do paciente. Objetivo: O principal objetivo deste trabalho é predizer o risco de CHC, conforme o escore mPAGE-B, para os pacientes com hepatite B crônica em uso de terapia antiviral. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo, quantitativo e retrospectivo. Foram analisados pacientes com hepatite B crônica do ambulatório de hepatologia, da Universidade Federal da Fronteira Sul/HCPF, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, abrangendo um período de 12 anos. Resultados: Dos 67 pacientes submetidos à coleta de dados, a média de idade no diagnóstico foi 51,4 (±12,1) anos, com uma predominância do sexo masculino (76,1%-n.51). Todos os pacientes eram HBeAg negativos no diagnóstico e 11 (16,4%) tinham cirrose. Conforme a estratificação do mPAGE-B, 18 pacientes (25%) foram classificados como de baixo risco, 30 (41,7%) como risco intermediário, e 19 (26,4%) como alto risco de desenvolver CHC. A probabilidade de desenvolver CHC desses 67 pacientes em 3 anos é de 0,4% para risco leve, 2,8% para moderado e 9% para alto. Em 5 anos, a probabilidade é de 0,5% para risco leve, 4,4% para moderado e 14% para alto. Conclusão: Este estudo demonstra que o mPAGE-B pode ser um escore aplicado para diminuir o número de consultas de pacientes com hepatite B crônica em ambulatórios especializados e, baseado nessa população, talvez os pacientes com idade ≤40 anos possam ter uma consulta por ano ao invés de ser semestralmente.